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Servidores federais protestam e greve se espalha na Educação; CSPB participa dos atos em Brasília

Diversas categorias do funcionalismo marcharam pela recomposição salarial e pela reestruturação das carreiras. Na educação, professores de 21 das 69 universidades entraram em greve; técnicos-administrativos estão parados há um mês em 30 Institutos Federais

por Cida Oliveira da RBA com adaptações da Secom/CSPB

Em meio à crescente greve nas universidades e institutos federais, milhares de servidores marcharam na manhã desta quarta-feira (17) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em defesa da recomposição salarial e da reestruturação das carreiras. O ato foi convocado pelas entidades que representam os servidores da União, que rejeitam a proposta de reajuste zero em 2024 anunciada pelo governo. A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil – CSPB participou das mobilizações e atos nas ruas e no Congresso Nacional na terça-feira (16/04), em audiência pública em apoio à Greve da Educação Federal, realizada na Comissão de Administração e Serviço Público (CASP) da Câmara dos Deputados (Clique AQUI e assista).

O Diretor de Relações Institucionais da CSPB, João Paulo Ribeiro “JP”, está acompanhando de perto a greve dos servidores, bem como todos os atos e mobilizações pela recomposição das perdas inflacionárias à estas categorias.

“A greve na Educação está muito forte, ainda mais agora com a participação dos professores das Universidades e Institutos Federais de Ensino. Ressalto, no entanto, que se trata de uma greve responsável. Não se trata de uma greve contra o governo, nem para dar espaço para a extrema direita. É uma greve exigindo valorização e mais verbas para as Universidades. A luta continua nesta quinta-feira (18/04) com atos nos Ministérios específicos de cada categoria. Esperamos que o governo se sensibilize para a necessidade urgente de cobrir o sucateamento e o rombo deixados por Temer e Bolsonaro. Educação não é despesa, é investimento”, afirmou “JP”.

Sobre a manifestação na Esplanada dos Ministérios e da Jornada de Lutas

Com o mote da mobilização “0% de reajuste não dá!”, as categorias pressionam o governo para a conclusão da negociação salarial e pela efetivação do reajuste de benefícios e demais melhorias. Além da marcha, há atividades previstas para esta semana em outras localidades.

Leia mais: Marcha dos Servidores Públicos Federais ocupará Brasília a partir do dia 16 de abril

Greve na educação federal

Segundo balanço mais recente, a mobilização entre os servidores da educação está crescendo. Professores de 21 das 69 universidades da rede federal já paralisaram as atividades. Os docentes pedem reajuste de 22%, dividido em 3 parcelas iguais de 7,06% em maio de 2024, 2025 e 2026. Já os servidores técnico-administrativos reivindicam reajuste maior, de 34%, igualmente dividido em três parcelas em 2024, 2025 e 2026. Em elo menos 30 institutos federais a categoria já está em greve há um mês.

Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), o governo ainda não apresentou resposta concreta às propostas apresentadas pelas entidades sindicais mesmo após três reuniões da Mesa Específica e Temporária da área da Educação e de um intervalo de 142 dias de intervalo entre as reuniões. E que, sem apresentar avanços concretos no processo de reestruturação, o governo apenas acenou com o mesmo percentual de reajuste oferecido aos SPFs em geral (4,5% para 2025 e 4,5% para 2026).

Professores das universidades criticam governo

Nesta terça-feira (16), em participação em audiência pública no Senado, o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), disse que chegou a se reunir com sindicatos das categorias. E que a greve “é quando não tem mais diálogo”. O sindicato dos professores das universidades federais (Andes-SN), no entanto, disse não ter participado de reunião do governo, a exemplo dos reitores e representantes dos técnicos e administrativos.

Em nota divulgada nesta terça-feira em seu site, a entidade criticou o governo. “Docentes e técnicos têm denunciado a situação das universidades, institutos federais e cefets. Nesse mesmo período, o governo Lula-Alckmin manteve os repasses para o sistema da dívida na casa dos bilhões, ao mesmo tempo que efetuou cortes nos recursos para a educação para atender a lógica do Novo Arcabouço Fiscal. A promessa do governo para os reitores não bate com as posições apresentadas nas mesas de negociações com os docentes da educação federal. Temos sido enfáticos: queremos a recomposição dos orçamentos, queremos bandejão, moradia, recursos para assistência estudantil, e condições de trabalho”, disse o dirigente Mário Mariano Ruiz, primeiro vice-presidente regional Leste do sindicato.

Ainda segundo ele, a demora do governo em retornar às pautas causa também mais evasão. “O jovem que volta pra casa porque não tem condições de pagar o ônibus para a universidades, ou a falta de recursos para que o docente faça viagens de campo para ensinar seu conteúdo são situações inaceitáveis num país rico como o Brasil. As mobilizações e greves de docentes e técnicos nas universidades, institutos federais e cefets chamam a atenção da sociedade para esses problemas. Acreditamos que o governo deve ouvir os trabalhadores da educação”, afirmou.

Fonte: Rede Brasil Atual – RBA com adaptações da Secom/CSPB

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