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G20: Campanha celebra proposta do Brasil para taxar super-ricos

Foto: Isabela Castilho / G20 Brasil

“Que os bilionários do mundo paguem sua justa contribuição em impostos para compensar a destruição das suas ações que impactam todo o planeta”, afirmou a Campanha Tributar os Super-Ricos

por Tiago Pereira

Ocupando pela primeira vez a presidência do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo, o Brasil propôs a criação de uma taxação global sobre os super-ricos. Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a tributação dos bilionários do mundo é a “chave para resolver muitos dos desafios” da atualidade. Ao final da reunião dos ministros de Finanças, nesta semana, em São Paulo, Haddad afirmou que “buscará construir uma declaração do G20 sobre tributação internacional” até a próxima reunião ministerial em julho.

A Campanha Tributar os Super-Ricos, que reúne mais de 70 organizações sociais, entidades e sindicatos, elogiou a proposta brasileira. “Que os bilionários do mundo paguem sua justa contribuição em impostos para compensar a destruição das suas ações que impactam todo o planeta”.

O imposto global sobre os bilionários serviria para reduzir as desigualdades no mundo. “O desafio é enorme, como é gigante a urgência de combater a desigualdade. Uma boa luta para intervir no triunfo mundial da injustiça”, ressaltou a campanha, em postagem nas redes sociais.

Haddad classificou a situação atual como “insustentável“. Isso porque, segundo ele, os 1% mais ricos do mundo detém 43% dos ativos financeiros mundiais. Ao mesmo tempo, “emitem a mesma quantidade de carbono que os dois terços mais pobres da humanidade”. Ele também citou um relatório recente do Observatório Fiscal da União Europeia, que mostrou que os mais ricos do mundo pagam entre 0 e 0,5% em impostos.

Durante o encontro, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse que a proposta já tem o apoio de países europeus. Mas ainda não há consenso entre todos os países. “Do que a gente já conversou nas (reuniões) bilaterais, os países europeus nos apoiam nessa proposta”, disse.

Mais de R$ 1 trilhão por ano

Diretor do Observatório Fiscal da União Europeia, o economista francês Gabriel Zucman apresentou aos ministros do G20 a proposta de aplicação de uma alíquota mínima de 2% sobre os super-ricos. Ele participou do encontro a convite do ministro Fernando Haddad.

Pelos seus cálculos, apenas 3.000 pessoas sofreriam a tributação. Com a alíquota mínima, a tributação sobre os super-ricos arrecadaria cerca de US$ 250 bilhões (R$ 1,2 trilhão) anualmente. “É uma taxa baixa, mas ainda faria uma diferença muito grande. Mas acredito que podemos ser mais ambiciosos do que isso”, disse Zucman.

 

Fonte: Rede Brasil Atual – RBA

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