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A intervenção militar no Rio de Janeiro

Analisando a situação política do nosso país, e observando a repercussão do Decreto de Intervenção Militar no Estado do Rio de Janeiro vejo que mais uma vez o cidadão brasileiro é enganado por esse governo, que só está usando a violência no Rio de Janeiro para tentar dar “o último suspiro do morto” – ou seja, puro marketing em ano eleitoral, para tirar o foco do fracasso da tentativa de aprovar a Reforma da Previdência.

Não é segredo para ninguém que a criminalidade e a sensação de insegurança vêm crescendo, não somente no Estado do Rio de Janeiro, mas também em outros estados da Federação, e que o crime organizado a cada dia vem ocupando mais espaços com muita estrutura.

Mas, onde o Poder Público se ausenta o poder paralelo dos bandidos assume.

Os maiores analistas em segurança pública no Brasil já alertaram que não adianta o governo agir apenas com a repressão das Forças Armadas nas ruas, se junto dela não vier também as políticas públicas.

O cidadão, principalmente aquele que mora nas comunidades carentes, não quer somente um soldado armado a cada esquina. Ele necessita da presença efetiva do Estado de uma forma geral, com saúde, educação, transporte público de qualidade, saneamento básico, lazer e moradia decente. Mais importante que a intervenção militar, o Rio de Janeiro precisa de uma reforma urbanística. De que vale gastar tanto dinheiro na revitalização da zona portuária se nada foi gasto no morro da Providência – que fica ali atrás, se nenhum investimento urbanístico foi feito no Complexo da Maré, para que melhorasse a qualidade de vida das pessoas que ali residem.

De que vai adiantar lotar as ruas do Rio de soldados do Exército sendo que a Polícia Civil, aquela que dá sequência aos atos pós-crimes (apurando e investigando as causas dos crimes e encaminhando os processos ao Judiciário), não está tendo uma reformulação e ainda não recebeu uma estrutura adequada, que venha a dar continuidade ao processo de ocupação. É preciso rever também a questão da população carcerária, não somente trabalhar a recuperação dos presidiários como também dar condições dignas de trabalho aos agentes prisionais e aos demais trabalhadores que atuam no sistema. E a Polícia Militar do Rio? Essa corporação vai ficar esquecida? A intervenção do Exército não será para sempre, é preciso que se faça um grande investimento na Polícia Militar do Rio de Janeiro, em todos os aspectos, para que ela, ao assumir novamente a segurança do Estado, esteja preparada.

O problema da violência no Rio de Janeiro e em todo o território nacional é complexo. Para combater a violência, precisamos acabar com os políticos corruptos, pois a primeira violência é a corrupção. Ela mata mais que as armas. E o Rio de Janeiro é refém há décadas de uma quadrilha de políticos que assaltaram os cofres do Estado, causando uma verdadeira destruição da máquina pública, promovendo caos – e triste lembrança que nos remete aos servidores públicos estaduais, ativos e aposentados, que ficaram sem receber seus salários. E o atual governador do Estado, Pezão, sem forças e sem moral, pois se trata de um “morto ambulante”, no momento apenas traz a lembrança daqueles que estão presos (Cabral e companhia), uma figura decorativa, que nada representa.

Para combater a violência precisamos defender uma reforma no Judiciário, que hoje se encontra abarrotado de processos causando morosidade, injustiças e impunidades. Precisamos lutar por uma educação pública de qualidade, para que os filhos dos pobres possam estar preparados no futuro para a competitividade no mercado de trabalho. Precisamos de creches públicas, para que as mães deixem seus filhos em segurança, para ir trabalhar. Precisamos de escolas públicas em tempo integral, para que as nossas crianças e nossos jovens não sejam aliciados pelo crime.

Esse governo que aí está é o governo mais impopular da História da República. É um governo que não tem nenhuma condição moral e nenhuma competência para criar as políticas públicas que serão o grande passo para combater a violência.

O atual governo, composto por uma casta de antipatriotas, está levando o Brasil ao caos. Um Governo reformista que rasga os direitos trabalhistas. Um governo entreguista, que faz aquilo que as forças do mercado exigem, principalmente o mercado internacional e banqueiros. Esse governo jamais acabará ou diminuirá a violência em nosso país, uma vez que ele é o maior responsável pela violência contra o povo brasileiro.

Cosme Nogueira

Presidente da FESERP-MG e da seccional Minas Gerais da CSB

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