O SINSERPU-JF (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora), o Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora (SINDIMED) e o Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Minas Gerais (SINFARMIG) estão convocando os trabalhadores da Atenção Primária para uma Assembleia Geral Extraordinária, com paralisação das atividades, sobre a alteração da jornada de trabalho dos servidores lotados nas UBS. Será na segunda-feira (19 de fevereiro), a partir das 9h, na porta da Prefeitura, na Avenida Brasil. Na ocasião, os trabalhadores vão discutir a “imposição da Administração Municipal de exigir labor extraordinário aos sábados, sem sequer estabelecer uma prévia negociação com os sindicatos representativos” e deliberar sobre o indicativo de greve por tempo indeterminado, a partir de 26 de fevereiro.

O presidente do SINSERPU-JF, Francisco “Chiquinho” Carlos da Silva, ressalta que em nenhum momento as entidades sindicais e os trabalhadores se posicionam contra a ampliação do horário das UBS e do acesso da população à saúde, mas, sim, contra a falta de diálogo da Administração Municipal, que quer impor a medida sem levar em conta que o servidor não pode ser prejudicado, e que as UBS precisam, antes, estarem preparadas, nos quesitos segurança e limpeza. “Além disso, exigimos concurso público já, contra a terceirização e os contratos temporários”, pontua Francisco Carlos, que assina o Edital de Convocação da Assembleia ao lado do secretário-geral do SINDIMED, Geraldo Sette, e a diretora regional do SINFARMIG, Valéria Silva Dibo.

Os sindicatos lembram ainda que hora extra não pode ser imposição, pois é um direito de escolha do trabalhador e que o aumento de jornada de trabalho é um retrocesso social – e algo bem incomum em governos de esquerda, como o PT (Partido dos Trabalhadores).

Na tarde desta quinta-feira (15 de fevereiro), diretores do SINSERPU-JF começaram a percorrer os locais de trabalho (foto), para convocar in loco os trabalhadores para a assembleia de segunda-feira.

Fonte: SINSERPU-JF