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São Sebastião do Paraíso: SEMPRE-SUDOESTE/MG é contra a volta das aulas presenciais

Voltar as aulas presenciais, sem a vacinação de toda a comunidade escolar nas duas doses e com a eminência da chegada da variante delta, com alta velocidade na transmissão, será uma decisão precipitada, certamente em desacordo com os critérios de saúde e que provavelmente ceifará muitas vidas e deixará muitas sequelas físicas e emocionais na população. Se observarmos o boletim semanal epidemiológico de nossa cidade, veremos que é expressivo o número de contaminados de 0 a 20 anos, esse fato serve de sinal de alerta e aumenta ainda mais a necessidade de aguardarmos a segunda dose da vacina para somente então pensar no retorno das aulas presenciais.

Ao se planejar o retorno, os profissionais de educação e o sindicato da categoria devem ser ouvidos e participarem na elaboração de protocolos de acolhimento e cuidados a serem tomados, bem como as estruturas físicas dos estabelecimentos de ensino devem estar totalmente preparadas para impedirem a contaminação de alunos e profissionais da educação. Importante ressaltar que não bastam critérios para a recepção de alunos nas escolas, os pais também devem ser ouvidos.

Para evitar o contágio e a disseminação do vírus, a receita do afastamento social obrigou o fechamento das escolas e a recomendação de que todos ficassem em casa. Mas, ao contrário de muitos profissionais que interrompem seu trabalho quando confinados, professores foram instados a continuar trabalhando, continuar dando aulas, do jeito que desse, e com resultados preocupantes.

Em função de decretos de quarentena, os professores foram abruptamente transferidos para o regime de teletrabalho ou home office. Essa mudança, de uma hora para outra, provocou uma alteração radical de planejamento pedagógico, pois a atividade docente realizada de modo presencial é substancialmente diferente daquela exercida em ambiente virtual com aulas remotas.

Assim, é preciso notar que o que está sendo feito durante esta quarentena não é, tecnicamente, “ensino a distância”. O que temos agora são “aulas à distância”. Simplesmente, em um intervalo curtíssimo de tempo, os professores tiveram que alterar todo o seu planejamento e adaptar-se ao ambiente virtual, com todas as consequências que isso representa: falta absoluta de controle sobre o grupo de alunos, planejar o roteiro das aulas e transformá-las em viodeoaulas, lidar com equipamentos tecnológicos e adaptar o ambiente de suas residências em “estúdios” de transmissão ou de gravação – uma verdadeira invasão no ambiente doméstico, em um momento em que suas famílias também estavam submetidas ao isolamento social.

Alguns protocolos e legislações locais, que preveem o retorno às aulas presenciais, incorrem em pelo menos duas situações insensatas. Uma, que prevê o retorno aos estabelecimentos escolares sem que todos estejam aptos a receber os estudantes e profissionais da educação nesse momento pandêmico. Ou seja: os protocolos não correspondem à realidade da maioria das escolas e desprezam o risco iminente das diferentes formas de contágio da COVID-19. Outra, que pretende eximir os gestores públicos das responsabilidades civis, criminais e administrativas em caso de mortes nas escolas. Pior: querem que as famílias se responsabilizem por suas inconsequentes ações e omissões.

TODAS AS VIDAS SÃO MUITO IMPORTANTES E PRECISAM SER PRESERVADAS!

Homenageamos aqui, com grande tristeza, todos os companheiros (as) educadores de nosso município perdidos nesta pandemia. TODOS OS QUE FALECERAM ESTAVAM TRABALHANDO DE FORMA PRESENCIAL NAS ESCOLAS, ENTREGANDO ATIVIDADES. Nós queremos o retorno das atividades presenciais sim, somos conhecedores dos prejuízos a todos os segmentos da comunidade escolar, mas esse retorno tem que garantir a segurança sanitária, tem que ter o controle do vírus e estamos longe do controle desta doença”.

É necessário em duas doses VACINA PARA TODOS, testagem em massa, rastreamento dos casos de infecção, participação da comunidade escolar nos protocolos de segurança e investimento na infraestrutura das escolas e centros de educação infantil, além é claro de um expressivo aumento no número de servidores responsáveis pela higienização dos estabelecimentos de ensino.

De acordo com estudos realizados na Inglaterra, as escolas são grandes pontos de contaminação. É importante compreender que a escola, além do papel de congregar e juntar uma comunidade complexa – como professores, diretores e alunos, ela também tem a função de educar, não só com o conteúdo pedagógico, mas estabelecer relações de convivência, compartilhamento e troca de experiências. Por isso, é necessário garantir o retorno da escola pública com segurança para toda a comunidade. Portanto convocamos todos os pais de alunos para dizer não à volta às aulas presenciais.

A variante Delta tem alto poder de transmissão: PROTEJA SEU FILHO! DIGA NÃO A VOLTA ÀS AULAS PRESENCIAIS!

Ressaltamos aqui que em todo esse período de pandemia, a educação não parou. “Temos relatos de professores trabalhando entre 16 e 17 horas por dia. Porque, uma coisa é você ir para a escola e fazer uma aula presencial, outra coisa é elaborar uma aula no seu computador; entrar em sala de aula virtual, com uma internet pouco qualificada. Os professores destinaram os seus recursos, sua sala de casa, o seu quarto para não deixar a educação prejudicada”.

 

Fonte: SEMPRE SUDOESTE/MG

Reprodução: Jornal do Sudoeste

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