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FESERP-MG lança Campanha contra a Reforma da Previdência

(Juiz de Fora – MG) – A FESERP-MG (Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de Minas Gerais) lançou, nesta quarta-feira (15 de fevereiro), uma Campanha contra a Reforma da Previdência. A entidade entende que o projeto enviado pelo Governo Federal ao Congresso Nacional, e nomeada PEC (Proposta de Emenda a Constituição) 287, prejudica enormemente a classe trabalhadora e a população brasileira.

         A Campanha consiste em várias ações, entre elas a elaboração e distribuição de uma cartilha sobre a Reforma da Previdência e realização de palestra sobre a matéria – já agendada para o dia 3 de março, em Juiz de Fora, com o professor do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômico) Thiago Rodarte. Neste dia também está previsto um Ato Público contra a Reforma.
Veja abaixo a opinião do presidente da FESERP-MG, Cosme Nogueira, sobre a Reforma da Previdência, denominada por ele como “uma cortina de fumaça”.

        A única coisa boa que a reforma da Previdência trouxe foi a união da classe trabalhadora contra a proposta.
Primeiro é preciso ressaltar que a Previdência não é deficitária. Com isso, nós quebramos o discurso dos técnicos financeiros, que a todo momento tentam passar para a população essa falsa justificativa para facilitar a aprovação dessa “bomba” contra o povo brasileiro.
Além da retirada de direitos já assegurados e de ofuscar o futuro dos jovens existe algo obscuro e maquiavélico por trás desta reforma.
Numa primeira análise, logo se enxerga que existe uma clara intenção de favorecer o sistema capitalista financeiro do mercado, pois com poucas perspectivas de segurança na previdência pública muitos trabalhadores vão procurar o sistema de previdência privada. E com isso muito dinheiro será injetado em instituições do sistema privado, acabando com a lógica e o princípio que norteia a criação da Previdência – que é o social. E a de se ressaltar que todas as análises realizadas pelos técnicos do governo são totalmente financistas e a questão social é totalmente esquecida.
Mas existe uma cortina de fumaça nesta reforma. E um pano de fundo no qual é estampada uma clara intenção de fragilizar as relações de trabalho. A CLT vem sofrendo muitos ataques, provenientes dos setores mais conservadores, que insistem em fragilizar as relações do trabalho, com o falso argumento de garantir empregos e favorecer os empresários. O movimento sindical sempre reagiu e saiu em defesa da CLT impedindo esse retrocesso, mas se a reforma for aprovada não ficará nenhuma dúvida que a fragilização será oficializada. E aí será fácil entender os jovens que ainda não estão inseridos mo mercado de trabalho: sem ter alguma perspectiva de futuro com relação à aposentadoria eles vão se interessar em contribuir com a Previdência? Lógico que não. Então será dado o golpe de misericórdia na CLT, pois os patrões vão apresentar para os trabalhadores outras opções, que irão fugir da Consolidação das Leis Trabalhistas, oficializando a fragilização das relações de trabalho.
É preciso e necessário que a sociedade brasileira passe a observar essa triste constatação. A intenção é clara. É a exploração do homem pelo homem. O lucro acima de tudo, em cima do suor e da vida dos trabalhadores.

Cosme Nogueira
Presidente da FESERP-MG

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