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Deu na Mídia – Prefeito de São Sebastião do Paraíso diz que paga salário atrasado “quando quiser”

Fonte: Jornal do Sudoeste, São Sebastião do Paraíso – edição de 21 de janeiro de 2016

O prefeito Rêmolo Aloise foi abordado por servidores municipais a fim de saberem quando o salário referente à folha de dezembro será quitado. Reminho lhes respondeu que “paga quando quiser e quem não estiver satisfeito que peça demissão”.

Servidores municipais que estão com o salário atrasado de dezembro, contaram que encontraram com o prefeito Reminho na porta da sede da Prefeitura. Eles alegaram que o prefeito Rêmolo, apesar de ter prometido em campanha que receberia funcionários e comunidade em seu gabinete, isso nunca aconteceu. “Por isso o abordamos na rua, pedindo se ele poderia nos conceder um minuto de atenção”, explicou o servidor.

Eles disseram que perguntaram sobre o salário atrasado. Segundo eles, Reminho disse que iria pensar e lhes perguntou se tinham recebido o 13º salário, o que responderam que “sim”. O prefeito disse, então, que eles deveriam estar satisfeitos. “Respondi ao prefeito que estaria satisfeito se tivesse recebido em dezembro”, explicou o servidor.

Segundo os funcionários públicos, o prefeito disse: “Então por que não pedem demissão?”, questionou. Eles contra argumentaram que são concursados e ouviram de Reminho a resposta: “Mesmo assim podem pedir demissão, a rescisão eu pago. O salário eu vou pagar o dia que eu quiser”, entrando para o prédio da Prefeitura.

Os servidores disseram que o salário vem atrasando seguidamente. “Há vários meses que o salário vem atrasando cerca de 15, 20 dias. Mas neste mês a situação está muito pior. O que mais deixa a gente chateado é a falta de respeito em não nos dizer o que está acontecendo. Nós não temos previsão de pagamento. O prefeito não dá qualquer explicação sobre o porquê está atrasando nosso pagamento. É um desprezo conosco, com a comunidade, pois ele fechou a Prefeitura como se fosse um casulo e ninguém mais sabe o que acontece lá dentro”, reclamou um deles.

Eles relataram as dificuldades que estão enfrentando sem o dinheiro do salário: “Eu tenho filho pequeno; preciso pagar fralda, médico, comida, farmácia e estou usando cheque especial, pagando juros no banco, que é um dinheiro perdido, pois sabemos que a Prefeitura não vai restituir isso. Todos nós estamos assim”.

Segundo eles, a falta de pagamento atinge a toda comunidade. “Reminho está atingindo duas mil famílias. Quando ele corta o salário do servidor, ele consegue atingir a mulher desse servidor; os filhos, o pai que empresta dinheiro e fica sem receber; prejudica o comércio, pois o servidor deixa de pagar a loja. Nós não temos condições de comprar fiado porque não sabemos que dia poderemos pagar, já não temos mais nome limpo para fazer isso”, argumentou.

Os funcionários públicos disseram que fizeram denúncia para o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Sebastião do Paraíso (Sempre) para que alguma providência possa ser tomada. Também falaram em comunicar todos os colegas sobre a situação. Eles disseram também que o secretário da pasta já comunicou que não possui informações sobre pagamento, bem como o departamento de Recursos Humanos da Prefeitura.

Eles disseram que não acreditam que a Prefeitura não tem recursos para fazer os pagamentos. “O prefeito Rêmolo não fez nenhuma obra na cidade, por isso não acreditamos que ele não tenha dinheiro. Como o prefeito conseguiu fazer mais de R$ 40 milhões em dívida, se não há uma obra sequer. Onde os recursos foram parar? Como eu, como servidor, posso atender bem à população se estou sem pagamento?”, questionaram.

Desabafo – Os servidores disseram que o prefeito Rêmolo, provavelmente, vai atrasar os salários do pessoal da ativa, assim como vem fazendo com os aposentados. E desabafaram:

“O Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (INPAR) chegou ao ponto em que está porque o prefeito Reminho fez covardia. Não adianta culpar ex-prefeito, pois ele assumiu a Prefeitura e deveria ter responsabilidade de saber que ele teria que corrigir e não fazer mais dívida e aumentar o número absurdo de funcionários, contratados. Afinal, esse pessoal deveria ser efetivado conforme manda a lei. O prefeito humilha, pressiona e ameaça esse pessoal contratado. Em relação aos concursados, ele tem que abrir um processo administrativo e provar que foi cometido falha por parte do servidor para poder demitir e temos certeza que, a partir de hoje, é isso que vai acontecer conosco; sabemos que seremos perseguidos. Represália vai acontecer. Se ele diz que tem dinheiro para pagar a rescisão de quem estiver insatisfeito e pedir demissão, ele também tem dinheiro para pagar os salários. Tudo isso é descriminação, assédio moral e falta de respeito “, desabafou um dos servidores.

O Sempre já recebeu a denúncia e, de acordo com sua presidente, Maria Rejane Tenório, já está buscando orientações jurídicas a fim de tomar as providências cabíveis.

OBS: O nome dos servidores públicos, bem como seus cargos, foram omitidos pelo Jornal do Sudoeste, a fim de preservá-los.

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