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As tentativas de mudar a História podem ser feitas por poucos

A História não precisa ser necessariamente escrita pela multidão – e nem mesmo as tentativas de mudar a História. Arquimedes de Siracusa descobriu sozinho que bastava “um ponto de apoio para ele mover o mundo” – e foi um único jornalista, John Reed, que contou para o mundo sobre a Revolução Russa.

Os grandes feitos podem ser realizados em dupla: Ethan Edwards só precisou de um sobrinho renegado como companhia para enfrentar apaches e comanches na busca insana pela sobrinha raptada.
E as tentativas de mudar a História podem ser feitas, sim, por um pequeno grupo: a Revolta do Forte de Copacabana, em julho de 1922, com pretensões de derrubar a República Velha e todos os seus vícios foi produto da mente e da coragem de 17 militares e um civil.
Em abril de 2017, a FESERP-MG se inseriu num contexto parecido. Eram 30 sindicalistas mineiros e 8 “civis” (também de Minas) que saíram das Gerais no Domingo de Páscoa, dia 16, rumo a Brasília. O objetivo: tentar barrar o andamento da Reforma Trabalhista. Era uma missão quixotesca? Se era, ninguém disse, ninguém comentou – nem mesmo sobre possíveis e imaginários moinhos de vento.
O certo, o que ninguém esperava, era a solidão do grupo. Esses 30 sindicalistas e 8 apoiadores se encontraram com um terço disso nos arredores do Congresso, no dia da votação da urgência da Reforma Trabalhista – e uma parte (os valorosos companheiros da seccional goiana da União dos Policiais do Brasil) agregou. Ninguém reclamou, mesmo porque apoio em diversos outros momentos nunca faltou – e por que é assim a História.
Lutou bravamente essa turma da FESERP-MG (e estou eu aqui, que não sou John Reed nem nada, a registrar). Ficaram lá na segunda, na terça, na quarta-feira. Foram a uma Audiência na Câmara Federal (onde foram duramente destratados por um tal deputado chamado Rogério Marinho, do PSDB/RN, relator da Reforma Trabalhista – este sim um NADA absoluto, que nem mesmo a lata de lixo da História merecerá), a atos públicos, a gabinetes, panfletaram nos ministérios, subiram no caminhão de som, fizeram discursos e – devido a enormes restrições para entrar no plenário – alguns conseguiram assistir à votação.
Perderam. Perderam? Quem ousará dizer isso. Foram como Paulo Martins, o mítico personagem de “Terra em Transe”, a obra glauberiana de uma clarividência absoluta. Pergunta-lhe Sara: “O que prova a sua derrota?”. A resposta: “O triunfo da verdade e da justiça”.
Sendo assim, os sindicalistas vencedores, todos de sindicatos de servidores públicos municipais de Minas: Adriana de Jesus Venâncio (Nepomuceno), Adriana Lima Camargo (Teófilo Otoni), Agnaldo Jailson de Almeida (Juiz de Fora), Agustinho André Barros (Oliveira), Airton Ribeiro (Varginha), Carlos Alberto “Betinho” Lucas (Carandaí), Célio Henrique Valle Nery (Belmiro Braga), Cosme Ricardo Gomes Nogueira (FESERP-MG), Deise da Silva Medeiros (Juiz de Fora), Elielson Rodrigues de Souza (Águas Formosas), Euisles “Willian” Rodrigues da Silva (Lavras), Fabrício Oliveira Florentino (São João Nepomuceno), Fernanda de Oliveira Carvalho (Juiz de Fora), Francisco “França” Roberto de Paula (Juiz de Fora), Gelcira Vieira Cordeiro (Nova Serrana), Ivan Expedito Catarina (Juiz de Fora), Jairo “Show de Bola” Cesar Rodrigues (Juiz de Fora), Júlio César Mendonça (Juiz de Fora), Leonaldo José de Almeida (Juatuba), Lucimar Cândido de Souza (Juiz de Fora), Luiz Claudio Ferreira Maciel (Cruzília), Luzia de Souza Marques (Teófilo Otoni), Márcia Valentim (Manhuaçu), Maria da Conceição Lopes (Manhuaçu), Maria Elizabeth Sena Duarte (Teófilo Otoni), Renato Ferreira Pinto (Arceburgo), Roberto José Cesário (Itabirito), Romário Pereira da Silva (Águas Formosas), Silvio Dutra dos Santos (Manhuaçu) e Wilson Cézar de Oliveira Mattos (Juiz de Fora).
E os apoiadores: Elieser de Oliveira (Varginha), Ivair Cândido da Silva (Juiz de Fora), Larissa Floriano Sabião (Juiz de Fora), Laura Maria Pereira Casemiro (Juiz de Fora), Maria Klara Lima Camargo (Teófilo Otoni), Maria Eduarda Lima Camargo (Teófilo Otoni), Michelle Cristina de Ávila (Varginha) e Peterson Gonçalves Ferreira (FESERP-MG).

Ailton Alves (Jornalista da FESERP-MG)

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