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A política de cabeça para baixo

     Se voltássemos no tempo e recordando um passado recente, após uma rigorosa conferência nos painéis de votação do Congresso Nacional, seria totalmente impossível encontrar na relação nomes de parlamentares que já são figurinhas carimbadas votando a favor dos trabalhadores: eles sempre votaram contra; e – lógico, claro e evidente – encontraríamos nomes também conhecidos da luta, votando a favor. Mas, agora o que nós estamos constatando é o inverso: parlamentares de ideologia contrária aos interesses da grande maioria desfavorecida usam a Tribuna para se manifestar a favor do trabalhador, se posicionando contra o Governo, e parlamentares que deveriam defender o trabalhador fazem o inverso. Mas, o que mudou? Ideologicamente falando nada. Nenhuma das partes repensou seus conceitos e nem teve algum tipo de visão paranormal que os transformassem como pessoas. Tudo isto se deve a inabilidade do atual Governo e seus consecutivos erros na condução política.

     O Governo Federal está em disputa e isso ficou bem claro após o resultado das eleições. Porém, a presidenta em seu discurso, ao ser reeleita, disse que construiria muitas pontes para estreitar as relações com o Congresso e as forças contrárias ao seu Governo. Porém, depois que tomou posse a postura foi diferente. A própria nomeação do ministro da Fazenda, senhor Joaquim Levy, trouxe insatisfação aos movimentos sociais e ao partido da presidenta, o PT, pois todos sabem que Levy tem uma ideologia incompatível com o que sempre pregou o partido da presidência. Ou seja, ele nunca defendeu uma sociedade igualitária e a prova disso está no arrocho fiscal que ele propõe, cortando direito dos trabalhadores com a desculpa da retomada de crescimento. Todos querem a retomada do crescimento, mas existem outras medidas que podem ser adotadas sem tirar direitos dos trabalhadores: corte de gastos, diminuição do número de ministérios, taxação de impostos sobre grandes fortunas e sobre bens de luxo, como aeronaves e iates e na concessão de ilhas do nosso arquipélago.

     Diante dessa turbulência o que não faltam são os aproveitadores de plantão, querendo passar uma falsa imagem de suas posturas. Para isto cabe uma frase muito certa: “O passado os condena”.

     O movimento sindical tem que continuar firme no seu caminho, que é a defesa dos direitos dos trabalhadores, independente de qualquer crise política. E ainda ser fiel defensor da Democracia – e nesse descompasso político, imparcialidade e respeito caminham lado a lado. Sabemos que o movimento sindical é plural, partidariamente falando, pois temos companheiros filiados em todos os partidos políticos e não podemos deixar que o descompasso político do Governo e a disputa de interesses no Congresso Nacional venham implodir o movimento sindical, deixando sequelas.

   Sabemos nós, que todos os partidos políticos são constituídos de pessoas de boa índole e também de má índole, mas não podemos generalizar. Ao movimento sindical cabe a grande missão: de ser o porta-voz da sociedade brasileira, cobrando o fim da corrupção e a adoção por parte dos governantes de medidas que possam melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro.

 Cosme Nogueira

Presidente da FESERP-MG

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