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Notícias

A importância de votar em sindicalistas nas eleições de 2018

A eleição de 2018 se aproxima e com ela a necessidade de inserir os sindicalistas na vida legislativa do país, através da escolha de companheiros de sindicatos para a Câmara Federal e as assembleias estaduais. Como bem definiu o presidente da CSB, Antonio Neto:

Neto 12.7.17

Antônio Neto – presidente da CSB

“O sindicato é a trincheira, o local de luta, mas de lá não saem as leis, e precisamos legislar” em defesa do povo brasileiro, complementar, no Congresso e nas instâncias estaduais, o que se faz no dia a dia nas entidades sindicais. Para ele, não dá mais para “transferir” esse tipo de responsabilidade. “Temos que escolher nós as nossas bancadas. A situação atual está muito difícil politicamente, e parte essas dificuldades é fruto da falta de representatividade dos trabalhadores”, diz.

E uma “bancada da CSB”, como quer Antônio Neto, já está a postos, com pré-candidatos às eleições de outubro, e formada, entre outros, por: Aires Ribeiro (presidente da Federação dos Sindicatos dos Servidores e Funcionários Públicos do Estado de São Paulo/FESSPMESP e da Confederação Nacional dos Servidores Públicos Municipais/CSPM, a deputado federal); Alex Gomes (presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Socioeducativo do Estado de Minas Gerais/SINDSISEMG, a deputado estadual), Claudio Kcau Ferreira Santos (presidente licenciado do Sindicato dos Técnicos em Segurança no Trabalho no Estado de Minas Gerais/SINTEST-MG, a deputado federal), Diany Dias (ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso/SINTAP, a deputada estadual), Flávio Werneck (do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal/SINDIPOL, a deputado federal), Francisco Moura (Sindicato dos Taxistas do Ceará/SINDITAXI, a deputado federal), Sebastião “Tiãozinho” Joaquim Vieira (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araguari/MG, a deputado federal), Simone Aguiar (presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Linhares/ES, a deputada estadual) e Wanderson Alves da Silva (presidente do Sindicato dos Empregados Técnicos que Trabalham como Analistas de Sistema, Programadores e Operadores na Área de Computação no Estado de Minas Gerais/SETTASPOC-MG, pré-candidato a deputado estadual).

“Não importa a coloração partidária e sim o compromisso em reverter esse processo danoso em curso. Diante do quadro atual temos que renovar o Congresso e as assembleias estaduais e uma vez eleitos nossos representantes tem que impor nossas prioridades, nossa pauta em favor dos trabalhadores”, avaliou o presidente da FESERP-MG, Cosme Nogueira – também presidente da CSB/Minas e diretor da CSPB (Confederação dos Servidores Públicos do Brasil).

Exemplos de sindicalistas e deputados

Não na proporção ideal, mas a história tem bons exemplos de sindicalistas que viraram deputados, foram bons representantes e depois, em maior ou menor grau, voltaram às lutas sindicais e trabalhistas.

Um dos mais notórios desses personagens é Clodesmidt Riani,

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Clodesmidt Riani

legendário sindicalista mineiro que passou toda a sua vida – hoje tem 97 anos – defendendo os trabalhadores nas duas frentes. Ele começou sua extensa militância sindical em 1949, em uma comissão de trabalhadores que discutiu os salários e benefícios das Empresas de Carris Urbano de Juiz de Fora. Em 1964, ano do Golpe Militar no Brasil, era presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias (CNTI), do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), do Comando Estadual dos Trabalhadores do Estado de Minas Gerais (CET), e membro-adjunto do Bureau Internacional do Trabalho (de Genebra-Suíça). E também deputado estadual, pelo PTB, desde 1954. Foi preso e torturado pelo Regime Militar e teve seus direitos políticos e sindicais cassados. Condenado pelo Conselho Permanente da Justiça Militar a uma pena de 17 anos de reclusão, em regime fechado, passou cinco anos e nove meses na cadeia. Com a abertura política, em 1979, retomou as atividades sindicais e políticas, retornando à Assembléia Legislativa de Minas, em 1982, com uma expressiva votação para deputado estadual.

Agostinho Valente e Nivaldo Santana  também pertencem ao grupo dos sindicalistas que viraram deputados.

Valente 20.6.18Nivaldo Santana 20.6.18

Agostinho Valente                                                                     Nivaldo Santana

O primeiro, mineiro, fez sua carreira sindical no Sindicato dos Bancários de Juiz de Fora (MG). Candidato, derrotado, a prefeito de Juiz de Fora em 1982 se elegeu deputado estadual em 1986 e quatro anos depois deputado federal. “A carreira de sindicalista nunca se ‘desencaixa’ das outras funções”, ensina ele. “Quando atuei na Assembleia, na segunda metade da década de 80, tinha uma agenda sindical muito forte, pois tínhamos aqui em Minas Gerais as escolas sindicais – um projeto, aliás, que precisa ser resgatado. Depois, como deputado federal, procurei inserir a nossa visão em assuntos macros”, diz Agostinho Valente, que participou no Congresso de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) marcantes, como, por exemplos, as que investigaram o narcotráfico e as fraudes na Previdência. “Essa característica de perceber as coisas e fazer a coisa certa é latente no sindicalista”, acredita.

Nivaldo Santana, paulista, começou no sindicato (no caso dos trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo) em 1985 e ainda se mantém ligado a uma central sindical. Foi deputado estadual, em São Paulo, pelo PCdoB, de 1995 a 2007. “Durante todo esse tempo mantive contato com o sindicalismo via Comissão do Trabalho e também como dirigente partidário”, conta ele, que também vê semelhanças entre as duas atividades, embora com ressalvas: “Mudou a área de atuação, mas permaneceram os valores e a orientação política. Na condição de parlamentar, a atuação segue outra ‘liturgia’, há uma relação com classes sociais e opiniões políticas e ideológicas bastante amplas, o que requer outras qualificações para cumprir bem as novas tarefas”.

Tanto Valente quanto Santana são entusiastas da presença maciça de sindicalistas nas urnas, em outubro. “Gente que pensa como trabalhador, que está acostumado a defender trabalhadores será bem vinda no Congresso e nas assembleias”, resume Agostinho. “Sindicalistas precisam ser protagonistas nas eleições, em todos os níveis, até mesmo para presidente, participando inclusive dessa disputa”, completa Nivaldo. E ambos já sabem o que querem dos possíveis eleitos. “Manter de pé a luta para reverter as reformas regressivas”, pede Nivaldo Santana. “Enfrentar a canalhice dominante e, muito importante, apoiar o resgate das escolas sindicais”, reivindica Agostinho Valente.

 

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